As leishmanioses constituem um complexo de enfermidades que atingem o homem, causadas por diferentes espécies morfologicamente semelhantes, sendo diferenciadas apenas por métodos bioquímicos, imunológicos ou mesmo patológicos. No Novo Mundo diversas ordens de mamíferos silvestres (reservatórios naturais) e várias espécies de flebotomíneos (vetores) estão envolvidos na transmissão da leishmaniose. A maioria dos casos de infecções humanas estão relacionadas com hábitos, atividades primárias ou secundárias de indivíduos que exploram ou habitam florestas. Recentemente tem ocorrido um aumento significativo nos casos de leishmanioses em áreas peri-urbanas de grandes cidades, particularmente no Brasil..

A leishmaniose tegumentar é particularmente importante na América do Sul por apresentar aspectos de cronicidade, latência e por desenvolver metástases que conduzem a quadros clínicos desfigurantes. Estas lesões podem ser conseqüência de uma infecção recorrente, cuja origem pode ser uma reativação da primo infecção após longo período de latência ou uma reinfecção. Neste último caso, as cepas isoladas inicialmente e na fase recorrente são diferentes. A leishmaniose recorrente, que surge em conseqüência de uma reativação, vem recebendo maior atenção; não apenas pelo envolvimento de lesões em mucosas - mais difíceis de serem tratadas - mas também por surgirem em conseqüência de estados de imunodeficiência.

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